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Um dia sentei-me, com tempo, nos degraus das escadas da casa que chamo de minha e deixei-me ficar a ver a vida passar e até hoje ainda não abandonei essa atitude de contemplação. Vejo os cenários em que me movimento, vejo as qualidades das pessoas que interagem comigo, mas recuso-me a ter que admitir os seus defeitos.
Assisto aos vários filmes que os outros criaram e em cujos guiões a minha pessoa surge algures sem que disso tenha consciência. Não posso evitá-lo, porque ainda não abandonei os degraus de mármore clara. Penso até que acabo por me refugiar neles, dessa vida que é a minha, projectada à minha frente, quando ainda não é passado suficiente para crer que possa ser verdade.
Um dia, algo ou alguém vai arrancar-me a vontade de permanecer sentada nos degraus a admirar o que os outros fazem, a esquivar-me das contrariedades dos dias, a viver em silêncio.
Assisto aos vários filmes que os outros criaram e em cujos guiões a minha pessoa surge algures sem que disso tenha consciência. Não posso evitá-lo, porque ainda não abandonei os degraus de mármore clara. Penso até que acabo por me refugiar neles, dessa vida que é a minha, projectada à minha frente, quando ainda não é passado suficiente para crer que possa ser verdade.
Um dia, algo ou alguém vai arrancar-me a vontade de permanecer sentada nos degraus a admirar o que os outros fazem, a esquivar-me das contrariedades dos dias, a viver em silêncio.
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