Do lado de cá
03:08Empurrei-te da minha vida. Terei sentido que já estavas a mais? Ou confundi tudo e, afinal, só não estavas como antes? Sei lá…
Deixei a porta aberta, mas não voltei a convidar-te para entrar. Tu também nunca mais apareceste de surpresa. Fiquei à espera de te ver entrar sem bater.
Veio o Inverno, passou a Primavera e agora é o Verão que se despede. Passas então pela minha rua e nem olhas. Segues sem reparar que mudei os cortinados e o tapete de entrada ainda é o mesmo. Nem sequer olhas de soslaio.
Percebo, por fim, que não voltaremos a sentar-nos à volta da lareira para desfiar os enredos de cada dia.
O Outono está quase aí, à porta, e vai entrar sem pedir licença, mesmo que a porta esteja trancada. O frio voltará e o lume da lareira lembrar-me-á de ti.
Deixei a porta aberta, mas não voltei a convidar-te para entrar. Tu também nunca mais apareceste de surpresa. Fiquei à espera de te ver entrar sem bater.
Veio o Inverno, passou a Primavera e agora é o Verão que se despede. Passas então pela minha rua e nem olhas. Segues sem reparar que mudei os cortinados e o tapete de entrada ainda é o mesmo. Nem sequer olhas de soslaio.
Percebo, por fim, que não voltaremos a sentar-nos à volta da lareira para desfiar os enredos de cada dia.
O Outono está quase aí, à porta, e vai entrar sem pedir licença, mesmo que a porta esteja trancada. O frio voltará e o lume da lareira lembrar-me-á de ti.
(imagem retirada da Internet)
Se voltares a passar por esta porta, vais ouvir o restolhar da lenha e ver o fumo esvair-se pela chaminé esguia como sinal de que ainda continuo por aqui.
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