10.06.2007

Sem restrições!

Já não me preocupo com regressos, nem marco partidas. Aprendi que posso viajar sem depender de horários, transportes ou permissões. Tomo o tempo para mim, requisito-me aos dias preguiçosos e parto por aí, tendo em mente um destino que não revelo a ninguém.

Não me preocupo em assinalar no mapa os locais de passagem obrigatória. Isso era dantes! Vou onde quero, quando quiser e como me apetecer. As recordações e as saudades já não pesam nas minhas malas. Levo a vontade carregada da avidez de coisas novas e sinto-me leve.

Sei que olhares recaem sobre mim, me perscrutam os gestos mínimos e o abandono da cadeira à minha frente, mas não me incomodo porque eu sou livre para não me importar com isso. Faço questão de apresentar o meu visto de não permanência por tempo ilimitado, porque hoje tenho o passaporte para a liberdade! E embora não saiba exactamente como devo utilizá-lo, cresce a certeza de que se me for confiscado morre todo o entusiasmo que agora me percorre.

3 comentários:

  1. "
    ...
    Faço questão de apresentar o meu visto de não permanência por tempo ilimitado, porque hoje tenho o passaporte para a liberdade! E embora não saiba exactamente como devo utilizá-lo, cresce a certeza de que se me for confiscado morre todo o entusiasmo que agora me percorre.
    "

    que belo texto ...

    parabéns ...

    há muito que aqui não passava ...
    está tudo bem contigo? espero que sim ...

    beijinhos

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  2. Bem, tenho lido assiduamente o teu blog menina Patricia! =) E .. Parabéns, sempre surpreendente e inovador ;)
    Mais uma vez, continua pq é um trabalho excelente e pa alem disso, eu sei q o fazes por gosto! logo, quem corre por gosto ñ cansa :)

    Bjinho

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  3. Vivam, apenas.
    Sejam bons como o sol.
    Livres como o vento
    naturais como as fontes.

    Imitem as árvores dos caminhos
    Que dão flores e frutos
    Sem complicações.

    Mas não queiram convencer os cardos
    A transformar os espinhos
    Em rosas e canções.

    E principalmente não pensem na Morte.
    Não sofram por causa dos cadáveres
    Que só são belos
    Quando se desenham na terra em flores.

    Vivam, apenas.
    A morte é para os mortos.

    Jose Gomes Ferreira


    [mike]

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