12.30.2006

Ao som da chuva…

A chuva cai intempestivamente lá fora e eu adoro ouvi-la no conforto do meu sofá encarnado, sob a luz morna do candeeiro afastado. Folheio as páginas de uma história que ainda não li. Divago em especulações de pensamentos ambíguos. Ouço o vidro queixar-se do encontro violento com as gotas de chuva. O vento abana as árvores do jardim e varre os papéis abandonados no chão. Apesar do calor que irradia do aquecedor e do cobertor que me tapa, sinto o vento que sopra lá fora devassar-me a alma, abanando as carências inconscientes, levando as defesas e algumas memórias. Neste dia de preguiça e de sonolência (ou tão somente de algum desânimo dissimulado), gosto de estar aqui com a chuva em música de fundo.

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