8.07.2007

Há dias em que o despertador toca e desperta em nós uma qualquer tristeza escondida. Deixar-me ficar talvez fosse mais seguro do que enfrentar um novo dia. 24 horas que podem ser recheadas de oportunidades díspares ou completamente esvaziadas de qualquer utilidade. E eis que o medo de falhar mais uma vez acorda também. A angústia cobra caro as acções que deixamos de fazer…

Começa a tomar conta de mim a pressão do timming certo. Tenho medo de não ter tempo para dizer a tempo o quanto gosto de algumas pessoas, confessar o quanto me fazem falta e os estremecimentos saudosistas que a sua ausência me causam. Tenho ainda mais medo de não ser capaz de o fazer, porque já perdi o pouco que restava da minha fraca capacidade expressiva.

Interpretações precipitadas terminam, na sua maioria, em bombas-relógio prontas a explodir antes do regresso ao leito de descanso. Por vezes, fui vítima das minhas próprias armas de autodefesa e, a partir daí, percebi que essas estratégias pessoais (para evitar que os outros me causem alguma espécie de sofrimento) podem ser muito mais letais quando, depois de alguém as usar connosco, sentimos na alma os seus efeitos.

1 comentário:

  1. Ao ler o que escreveste aqui, percebi que te devia dizer algo, por sentir o mesmo nas mais variadas acções diárias.

    Gostei muito de te conhecer e valorizo a tua maneira de ser.

    Não sou perito em escrita, e espero novas oportunidades para falarmos pessoalmente e partilharmos agradaveis e motivantes conversas.

    Beijinhos do Nuno, amigo da Xia.

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