Não identifico em ti os traços que te distinguiam. As características inerentes ao teu charme natural desapareceram. Esforçaste agora por irromper em poses que não são as tuas. Recorres ao dicionário automático, para usar linguagens que não dominas. Envergas roupagens estranhas à tua alma e isso entristece-me.
Blog: Atrás de uma porta fechada
Os assuntos que abordamos são sempre preenchidos por pessoas que o outro nunca ouviu falar e cuja existência não é assim tão significativa quanto tentamos fazer parecer. A nossa interacção quando estamos em eventos sociais roça quase a comicidade pelas invenções que arranjamos para simular desencontros.
Evitámos tropeçar em encontros indesejados, mas eles acontecem. Há sempre algo ou alguém que exigem uma comparência simultânea e, claro, para não dar nas vistas, acedemos e reagimos como antes. A alma é que se ressente num desconforto que nunca julgámos ser possível sentir. É esse toque ligeiro de ombros para a fotografia que ficará esquecida num qualquer álbum, indiferente à má publicidade que foi feita. Depois de vendermos o produto, dedicamos as nossas atenções a segmentos de público distintos.
Acabadas as marchas sociais, arrumamos o guarda-roupa de emergência até à próxima. Vestimos a pele de todos os dias e não a tiramos. Nem mesmo quando voltamos a estar juntos, a sós, permitimos que as emoções dispam essa pele, apenas chegam a ser uma camuflagem.
Oi linda, obrigado pela visita e pela força. Mais uma vez, revejo-me nas tuas palavras....Sabes dizer tão bem os sentimentos....devias escrever um livro:)
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