Na primeira parte, os jovens, a família e a escola são palavras-chave. Porque todos nós fazemos parte de um destes grupos ou mesmo de todos, Daniel Sampaio sugere que só uma interacção saudável entre jovens, família e escola permite atingir maturidade e concretizar objectivos.

O autor justifica o título com a comparação da família a uma árvore, cujos ramos devem crescer de uma forma ordenada, para isso precisam de ter “voz”. O crescimento salutar da família depende de uma boa comunicação entre os seus elementos. Os filhos, os pais, os alunos, os professores devem respeitar-se mutuamente no processo de comunicação e devem promovê-lo em todos as situações de conflito. Acho importante destacar que devemos evitar que o silêncio destrua a cumplicidade existente num núcleo familiar. O saber alimentar o diálogo entre pais e filhos está na intuição de cada um e no bom senso do conjunto.

Na segunda parte, fica o alerta para a gravidade de atitudes de intolerância que possamos tomar como fruto da impulsividade, de preconceitos, do medo de aceitar as diferenças. Em situações em que somos directamente implicados devemos ser ainda mais ponderados em palavras e, sobretudo, em acções.

Dado que são os vínculos que estabelecemos com as pessoas que nos rodeiam (principalmente a família) que determinam, em grande parte, a nossa personalidade é aconselhável que retiremos deste livro alguns ensinamentos.