Em dia de passagem de ano, repensamos tudo o que fizemos (e o que deixámos de fazer também), recordamos com carinho quem nos quer bem, queremos guardar o que de melhor nos aconteceu e, evidentemente, olhamos para o novo ano com esperança e optimismo. Fica o desejo de que 2008 brilhe com a mesma simplicidade destas luzes que, por estes dias, iluminam as duas cidades que me marcaram.
Preciso do teu olhar meigo. Mas não aguento o pedido que ele me endereça, porque sei que não devo satisfazê-lo. Os teus braços envolvem-me num carinho que nunca ninguém antes me ofereceu.
Se por um lado. quero esse sorriso só para mim, por outro, assusta-me essa exclusividade. Sim, gosto das tuas provocações constantes. Elas apenas causam uma maior cumplicidade.
Assim, de repente, caminho pela rua e vejo a tua imagem esconder-se de mim em cada loja que fica para trás. Esse jogo do quem vê o que não deve ver acaba por nós confundir completamente.
Se por um lado. quero esse sorriso só para mim, por outro, assusta-me essa exclusividade. Sim, gosto das tuas provocações constantes. Elas apenas causam uma maior cumplicidade.
Assim, de repente, caminho pela rua e vejo a tua imagem esconder-se de mim em cada loja que fica para trás. Esse jogo do quem vê o que não deve ver acaba por nós confundir completamente.
O Natal vem aí e eu preciso dessa protecção que já não encontro nem em ti, nem em mim, nem nas luzinhas lá fora, nem nos refúgios de sempre. O frio fustiga-me a cara e tenho os dedos enregelados nas luvas quentes.
Sob a luz do pequeno candeeiro encarnado, aprecio a secretária inundada de postais e envelopes por escrever. A vontade de pegar em cada um mistura-se com a euforia de retomar o “velho” hábito de enviar postais de boas festas.
Escolho uma caneta. Cor preta. Procuro as moradas. Começo a escrever. Ordem inalterável: data, saudação inicial e, a terminar, a assinatura precedida de uma despedida. Pelo meio, fujo da lógica da linha de montagem! Dá-me um gozo particular personificar o conteúdo, adequá-lo à pessoa que o vai receber.
Releio. Procuro algum erro ortográfico ou falha no sentido. Fecho o envelope. Ali vai um pouco de nós, um pedaço do nosso tempo e um timbre de dedicação. Gosto de quebrar a imaculável brancura dos sobrescritos! Gosto de me dirigir ao quiosque para comprar selos.
Por fim, a impaciência na estação de correios. Aguentar a fila de pessoas à minha frente. Deambular pelos expositores de postais referentes às mais diversas ocasiões festivas até chegar a minha vez.
Vou imaginando a alegria e a surpresa das pessoas quando abrirem a caixa de correio, dali a poucos dias... Inevitavelmente, penso no facto das novas tecnologias ditarem o desuso do correio postal e a desvalorização das emoções envolvidas por um envelope que encurta a distância entre o remetente e o destinatário.
Releio. Procuro algum erro ortográfico ou falha no sentido. Fecho o envelope. Ali vai um pouco de nós, um pedaço do nosso tempo e um timbre de dedicação. Gosto de quebrar a imaculável brancura dos sobrescritos! Gosto de me dirigir ao quiosque para comprar selos.
Por fim, a impaciência na estação de correios. Aguentar a fila de pessoas à minha frente. Deambular pelos expositores de postais referentes às mais diversas ocasiões festivas até chegar a minha vez.
Vou imaginando a alegria e a surpresa das pessoas quando abrirem a caixa de correio, dali a poucos dias... Inevitavelmente, penso no facto das novas tecnologias ditarem o desuso do correio postal e a desvalorização das emoções envolvidas por um envelope que encurta a distância entre o remetente e o destinatário.