“Tudo o que nos atrai sem que tudo se explique”
07:18Nesta secção da “Notícias Magazine”, Carla Maia de Almeida escreve sobre “sinestesias” (edição de 27 de Julho de 2003). Para uma correcta definição de sinestesia, torna-se útil perceber que, na acepção do termo, sinestesia significa a mistura de todos os sentidos sensoriais na percepção de algo. “Na experiência sinestética, a actividade cerebral processa-se de forma cruzada e simultânea em diferentes áreas do cérebro – correspondentes a determinado tipo de informação –, daí resultando que os sons se sentem com o tacto, os cheiros ganham cor, os sabores têm formas e por aí fora.” Assim se compreende que haja pessoas capazes de ver cores em letras, palavras ou números impressos (a preto), ou apenas falados.
Aqui ficam alguns exemplos da actividade sinestética: “Segundo um estudo, a letra “A” evoca a cor vermelha na maioria dos sinestetas, enquanto o “O” será branco e o “C” amarelo. Mas há quem afirme que o som do piano causa uma pressão no peito, que as guitarras são como um sopro nos joelhos e que o jazz se sente no corpo todo como chuva forte.” Por tudo isto, a sinestesia surge como “um fenómeno absolutamente fascinante dentro da estranheza do cérebro humano”.
Carla Maia de Almeida revela que uma das características das pessoas criativas é, justamente, “a habilidade em utilizar metáforas. É como se seus cérebros estivessem programados para fazer ligações entre domínios aparentemente dissociados”. É verdade que todos nós temos essa capacidade ou, de outro modo, não seríamos capazes de pensar, porém “alguns conseguem exprimi-la facilmente por meio da arte e do pensamento”. A título de curiosidade fique a saber que as pessoas afectadas pela sinestesia são sobretudo do sexo feminino.
Para esclarecer, “a sinestesia não é uma patologia nem uma alucinação, mas apenas uma outra experiência do mundo – enriquecedora e estimulante, acrescentamos, mesmo comportando a inquietação que sempre resulta do sentir-se «diferente» ”. No livro “O Sentimento de Si”, de António Damásio, uma nota de rodapé refere que a sinestesia é um fenómeno raro, que “tende a desaparecer após a infância”.
Espero que tenham convocado todos os vossos sentidos sensoriais para perceber as dimensões da actividade sinestética.
Aqui ficam alguns exemplos da actividade sinestética: “Segundo um estudo, a letra “A” evoca a cor vermelha na maioria dos sinestetas, enquanto o “O” será branco e o “C” amarelo. Mas há quem afirme que o som do piano causa uma pressão no peito, que as guitarras são como um sopro nos joelhos e que o jazz se sente no corpo todo como chuva forte.” Por tudo isto, a sinestesia surge como “um fenómeno absolutamente fascinante dentro da estranheza do cérebro humano”.
Carla Maia de Almeida revela que uma das características das pessoas criativas é, justamente, “a habilidade em utilizar metáforas. É como se seus cérebros estivessem programados para fazer ligações entre domínios aparentemente dissociados”. É verdade que todos nós temos essa capacidade ou, de outro modo, não seríamos capazes de pensar, porém “alguns conseguem exprimi-la facilmente por meio da arte e do pensamento”. A título de curiosidade fique a saber que as pessoas afectadas pela sinestesia são sobretudo do sexo feminino.
Para esclarecer, “a sinestesia não é uma patologia nem uma alucinação, mas apenas uma outra experiência do mundo – enriquecedora e estimulante, acrescentamos, mesmo comportando a inquietação que sempre resulta do sentir-se «diferente» ”. No livro “O Sentimento de Si”, de António Damásio, uma nota de rodapé refere que a sinestesia é um fenómeno raro, que “tende a desaparecer após a infância”.
Espero que tenham convocado todos os vossos sentidos sensoriais para perceber as dimensões da actividade sinestética.
4 apontamentos