Dia Mundial da Sida

16:00

O jornal “Público” noticia na edição de hoje que se começa a registar cada vez mais pessoas idades superiores a 40 anos infectadas com o vírus da SIDA e que desconhecem essa situação. Homens e mulheres que têm relações estáveis, cujos cônjuges têm relações sexuais desprotegidas com outras pessoas e acabam por infectar os parceiros. Os últimos dados oficiais sobre a doença em Portugal comprovam que a infecção com o vírus da sida continua a subir, sobretudo devido a relações sexuais desprotegidas

O médico Eugénio Teófilo, do Hospital dos Capuchos, sublinha a importância de "quando se trata de sida, num relacionamento sexual não se pode confiar em ninguém. Esta é a única mensagem eficaz para prevenir a infecção". Contudo, o que se continua a verificar é que as campanhas de prevenção da doença são pouco eficazes. Embora se tenha registado um aumento da informação sobre o HIV e as formas de contágio, a causa do problema permanece: não se alteram os comportamentos de risco.

De acordo com o organismo das Nações Unidas para o combate à doença, “Portugal é o segundo país europeu com mais altas taxas de infecção com o HIV - 280 novos casos por milhão de habitantes”. Há 80 portugueses em cada milhão que são diagnosticados quando já sofrem de sida e muitos só descobrem a doença muitos anos depois de terem sido infectados.

"Há muitas pessoas a chegarem aos hospitais já em estádio de sida, e que só descobrem que têm o vírus porque têm uma infecção oportunista", confirma o médico. Esta situação acontece porque as pessoas não fazem o teste de despistagem. Por outro lado, a doença começa a atingir pessoas cada vez mais velhas. "Já tive doentes com 80 anos. Mas há cada vez mais mulheres com 40, 50, 60 anos a descobrir que foram infectadas pelos maridos", conta Eugénio Teófilo.

"Os tratamentos para a sida custam neste momento mil euros por pessoa por mês", afirma Eugénio Teófilo. Com os cortes orçamentais nos medicamentos a qualidade de vida dos portadores de HIV passa a estar ameaçada. E, nessa situação, vai aumentar a discriminação e a exclusão social a que continuam a ser votados muitos dos doentes ou portadores de HIV. Muitos deles não contam que estão doentes, principalmente, com medo de perderem as pessoas de quem gostam, por isso escondem a doença da família, dos amigos e até da/o parceira/o, vivendo-a em solidão.

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