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Espreito o caminho que me leva para longe e, de repente, sinto-me agarrada às origens, que quase me sugam a vontade de tomar esse rumo... O caminho parece-me demasiado linear e sem obstáculos. Desconfio! Irradia desse caminho uma luminosidade sedutora e percorre-me um desejo de a alcançar.

Os caminhos que decidimos tomar fazem com que ganhemos asas frágeis ou criemos raízes sólidas. Esses caminhos definem os destinos que traçamos e levam a que conheçamos novos mundos (sem, contudo, esquecermos os velhos mundos) e, implicitamente, nos afastemos de algumas pessoas e coisas do passado para conseguirmos avançar.

Cada vivência (significativa ou nem tanto quanto isso) contribui para que o próximo passo seja menos impreciso que o anterior, para que cada passo seja mais ponderado que o precedente, para que cada passo seja o resultado final de uma consciência da imprescindibilidade de não parar, mesmo que seja temporariamente.

Volto a perscrutar o caminho que pretendo seguir. Procuro encontrar nele uma segurança que não quero perder. Preciso de me desamarrar dos vínculos que me desencorajam a empreender esse trilho.

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