O hoje encontra-se com algo que é de ontem
00:42Os reencontros com o passado provocam-nos sempre sorrisos de uma alegria anímica que nos alimenta e preenche, momentaneamente, as cavidades do coração que o tempo fez com que fossem ficando vazias.
Os espaços que um dia ocupámos continuam intactos na recordação que temos deles. Os espaços do passado serão só nossos, só percebidos por quem esteve lá como nós, por quem os partilhou connosco e sabe recordá-los à distância de muitos anos.
O que existe agora é um interregno de muitos dias, até de alguns anos, mas a feliz coincidência dos reencontros inesperados faz estremecer os pilares do nosso “eu”, porque há muita areia por debaixo.
A areia é a metáfora da nostalgia, da saudade, da vontade de voltar atrás… Talvez fosse bom a areia deixar de sustentar os pilares do nosso “eu” para que perdêssemos a vontade de estar sozinhos e deixássemos de nos convencer que somos capazes de enfrentar tudo sem recorrer àqueles locais, àquelas pessoas que um dia foram a sombra dos nossos passos.
Para mim, ainda vigora a lei de que vale a pena lutar por amizades que estão congeladas, intrinsecamente ligadas ao passado. Ainda que todas as evidências nos ludibriem e nos façam crer que não há maneira de as agarrar outra vez, só mais uma vez ou outras tantas vezes que sejam precisas.
De cada vez que pretendemos voltar ao de antes, com as pessoas de antes, percebemos que mudámos muito: trocámos de estilos, fizemos opções díspares, afastámo-nos do que seria impensável, aproximámo-nos do desconhecido, perdemos, caímos, levantámo-nos, mas já perdemos a capacidade de estender a mão como antes, sem receios; de sorrir com o coração; de soltar gargalhadas para oxigenar os dias; de acreditar que tudo é possível bastava sonhar sem limites, sem pesar a viabilidade das suas concretizações, sem dissecar tudo em prós e contras.
Aquilo que somos hoje é o produto final de uma soma de dias que nos parecem a anos-luz de distância, lá trás, bem longe no tempo, num tempo irrecuperável. Contudo, é com reencontros entre o hoje e o ontem que nos é possível resgatar pequenas fracções desse tempo “feliz” que tanta falta nos faz.
Os espaços que um dia ocupámos continuam intactos na recordação que temos deles. Os espaços do passado serão só nossos, só percebidos por quem esteve lá como nós, por quem os partilhou connosco e sabe recordá-los à distância de muitos anos.
O que existe agora é um interregno de muitos dias, até de alguns anos, mas a feliz coincidência dos reencontros inesperados faz estremecer os pilares do nosso “eu”, porque há muita areia por debaixo.
A areia é a metáfora da nostalgia, da saudade, da vontade de voltar atrás… Talvez fosse bom a areia deixar de sustentar os pilares do nosso “eu” para que perdêssemos a vontade de estar sozinhos e deixássemos de nos convencer que somos capazes de enfrentar tudo sem recorrer àqueles locais, àquelas pessoas que um dia foram a sombra dos nossos passos.
Para mim, ainda vigora a lei de que vale a pena lutar por amizades que estão congeladas, intrinsecamente ligadas ao passado. Ainda que todas as evidências nos ludibriem e nos façam crer que não há maneira de as agarrar outra vez, só mais uma vez ou outras tantas vezes que sejam precisas.
De cada vez que pretendemos voltar ao de antes, com as pessoas de antes, percebemos que mudámos muito: trocámos de estilos, fizemos opções díspares, afastámo-nos do que seria impensável, aproximámo-nos do desconhecido, perdemos, caímos, levantámo-nos, mas já perdemos a capacidade de estender a mão como antes, sem receios; de sorrir com o coração; de soltar gargalhadas para oxigenar os dias; de acreditar que tudo é possível bastava sonhar sem limites, sem pesar a viabilidade das suas concretizações, sem dissecar tudo em prós e contras.
Aquilo que somos hoje é o produto final de uma soma de dias que nos parecem a anos-luz de distância, lá trás, bem longe no tempo, num tempo irrecuperável. Contudo, é com reencontros entre o hoje e o ontem que nos é possível resgatar pequenas fracções desse tempo “feliz” que tanta falta nos faz.
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