Devolve-me aquilo que me pertence!

16:56

Não podes pedir a vassalagem do meu amor quando é o teu orgulho que se assume como suserano. Quero a paz que um dia vieste inquietar com a tua presença. Volta-me a deixar com a força necessária para permanecer no meu cantinho - não posso voltar a deixar que alguém o invada!

Escher

As novas feridas doem mais (já que as velhas nunca ficam verdadeiramente cicatrizadas!). E quando as novas têm necessariamente que sarar, é complicado fazer com que isso aconteça. O tempo não passa com a mesma velocidade de quando assistia aos momentos de felicidade que antecederam o actual estado de sítio. Há feridas que cicatrizaram mal porque não foram devidamente desinfectadas. A ferida que tu me deixaste como memória viva de ti, vai ser cuidadosamente desinfectada com um bálsamo de tolerância e vai ser seca com o mercúrio do afastamento. Quando começar a cicatrizar correctamente, a memória viva, ficará embalsamada, sem qualquer intervenção, completamente estática e inoperante relativamente a decisões a tomar.

Sim, a mágoa é agora a recordação que tenho da tua fugaz presença na minha vida. Precisei de ti, precisei do teu abraço apertado, precisei da tua mão a agarrar a minha. Sei que ainda preciso. Porém, a dor que me exalta o coração não deixa sentir os efeitos destes gesto que quando são puros, sinceros e genuinamente sentidos, valem por muito, quando não o são, deixam apenas a angústia de ter acreditado que seriam eternos (enquanto cremos na eternidade como aquilo que podemos perpetuar sem depender de tudo o resto, mas apenas de nós).

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