Saudades em sustenido
11:13Vêm esbaforidas, depois de calcorrear pelo tempo em passo acelerado para chegar ao poiso volátil. Parecem desorientadas mas com o destino definido. Transferem-se sem limite de carga. Permanecem sem pagar renda.
Tento esconder-me debaixo do mapa para que não me encontrem. Quero-as longe da ombreira da minha porta, porque prefiro não sentir nada a ter o peito em respirações em desalinho.
Quero que elas me deixem aqui, sozinho e pensativo, em raciocínios sem aplicabilidade e alguns até sem nexo. Gostava tanto de sentir como os outros, como aqueles que vivem à superfície.
Eu afogo-me nas coisas, perco rapidamente o distanciamento. A mim tudo me incomoda e me desassossega. Então acabo por me agarrar às saudosas bóias de outras paragens.
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