Vaguear Inconsciente…

03:28

Fecho os meus olhos frágeis, com invulgar lentor
Num súbito instante, isolada da mudança do mundo!
E no mais íntimo do meu ser, sinto com ardor
Algo indefinido com exactidão no profundo…

Abro os olhos. Um débil e ledo tudo se alterou.
E procuro com aflição deprimente aquilo que acabou…
Observo, ao longe, a tua ténue imagem deturpada
E busco a essência em ti que não foi danificada.

A liberdade dos teus movimentos: encanta-me.
A intensidade exaustiva do teu olhar: surpreende-me.
A irreverência dos teus actos e palavras: espanta-me.
A irresponsabilidade do teu sorriso: prende-me.

São apenas meros pensamentos que integram
Uma relíquia escondida, um segredo perdido no equilíbrio…
Os meus sonhos são fruto de um contentamento sóbrio,
A observação do passado e a apatia do presente que se conjugam…

O sol incandescente invade o meu espírito de ilusão.
O dia rasga a mísera esperança que ardia…
A lua surge no firmamento numa total sedução.
A noite acresce a minha crença numa gentil utopia…

Imploro-te que me encontres no vasto infinito
Do paraíso lírico e que superes o próprio luar…
E que ignores toda a mudança, num bonito
Renascimento da subtileza de um eterno suspirar…

Bem, parecia-me que estava a faltar qualquer coisa no blog... Por isso procurei por entre as gavetas e encontrei estas palavras.

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