As coisas boas da Vida!

02:29

No outro dia recebi um e-mail que subscrevia 50 coisas boas da vida. Achei que seria interessante postá-lo(apesar de incompleto) e acrescentar mais qualquer coisa (o mais abreviada possível) para lhe dar um toque de originalidade, até porque se calhar muitos de vocês receberam um mail semelhante. Aviso já que não hierarquizei os pontos por ordem de importância, isso deixo para vocês.

1. “Apaixonar-se.”
É excelente sentir que a velocidade da pulsação cardíaca acelera sempre que olhamos para alguém e sentimos que tem algo a ver connosco. A atracção que essa pessoa exerce sobre nós é tal que pensamos mesmo que somos incapazes de traçar o nosso caminho sem o entrecruzarmos com o dela. É sentir que queremos a sua presença para tornar a nossa vida especial. É ter a certeza de querer apaixonar-se a cada dia pela mesma pessoa.

2. “Rir tanto até que as faces doam.”
Rir e voltar a rir é do melhor! Quando o riso é contagiante e parece inacabável há que aproveitá-lo para deixar o nosso íntimo extasiado. Rir é uma terapia que aconselho vivamente para viverem bem! Se não conseguem rir ao ponto das “faces doerem” têm sempre várias opções: vão ao circo, vejam uma comédia no cinema ou no teatro, leiam anedotas, inovem! (Em último recurso venham ter comigo!)

3. “Um chuveiro quente.”
O que anima qualquer um a sair do calor dos lençóis, em dias rigorosos de Inverno, é saber que pode contar com um banho de água quente. Quantas vezes não é a melhor coisa que nos espera quando chegamos a casa depois de um dia esgotante.

4. “Um supermercado sem filas.”
Óptimo, principalmente quando se tem pressa. A pessoa que nos atende será tendencialmente mais simpática, não terá que nos ajudar a meter as coisas nos sacos, não há necessidade de pagarmos a correr e podemos conferir se o troco está correcto.

5. “Um olhar especial.”
Enfim, aqui, não há muito a acrescentar… Um olhar tem sempre algo de enigmático, algo surpreendentemente atractivo, algo de incrivelmente fantástico. Já para não dizer que um olhar deste tipo parte sempre do mais íntimo da pessoa que o endereça, ou seja, há sempre a hipótese de vir das profundezas da alma.

6. “Receber correio.”
Pessoalmente prefiro as cartas “tradicionais”, embora não possa negar que, dadas as circunstâncias de grande avanço tecnológico e com a vulgarização da internet, os e-mails são uma boa alternativa (nomeadamente aqueles que não são reencaminhados). No entanto, utilizando o correio há sempre um maior empenho da pessoa que envia e, com sorte, na escrita da carta não utiliza o computador (e eu continuo a preferir cartas manuscritas).

7. “Conduzir numa estrada linda.”
Como gosto imenso de conduzir é me indiferente o tipo de estrada. A verdade é que há quem prefira conduzir com pouco tráfego e quem goste de admirar a paisagem, mas atenção às distracções!

8. “Ouvir a nossa música preferida no rádio.”
No meu caso tinha que rescrever esta frase e colocá-la no plural. E acredito que para muitos de vocês isto também seja válido. Escutar as músicas de que mais gostamos na rádio é sempre agradável, parece que a pessoa do outro lado percebeu que nós precisávamos de ouvir aquela música, sobretudo, quando acontece naquele momento em que podemos ouvi-la com todo o coração, em que estamos em silêncio, a estudar, cansados, a trabalhar, etc. Funciona como uma força revitalizante.

9. “Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.”
Muito bom mesmo, por dois motivos: não tens que te levantar e podes aproveitar para curtir o som da chuva a irromper pelo silêncio. Também é bastante bom apanhar chuva (refresca o corpo e a mente!).

10. “Toalhas quentes acabadas de serem engomadas.”
Sentir algo quentinho junto à pele é simplesmente agradável. Apetece sempre ficar envolvida na toalha, sentir aquele aconchego, aproveitar ao máximo o calor enquanto não se dissipa.

11. “Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.”
Dá sempre jeito poupar um dinheirito para aplicá-lo em outras coisas, ainda por cima quando não temos dinheiro suficiente para comprar o que gostamos e podemos contar com os saldos.

12. “Batido de chocolate (ou baunilha) (ou morango).”
Tudo o que é doce é óptimo, porque primeiro deliciamo-nos e depois pensamos nas calorias.

13. “Uma chamada de longa distância.”
Haverá melhor sensação do que ouvir a voz de alguém que está longe de nós por um qualquer motivo? Aqui não há muito a dizer.

14. “Um banho de espuma.”
Relaxante acima de tudo! Sempre podemos aproveitar para ler em paz, abstrairmo-nos do exterior, olhar o vazio e afins.

15. “Rir baixinho.”
Complicado… É difícil de controlar, mas igualmente entusiasmante. Quando tentamos que ninguém perceba, sob pena de sermos repreendidos de algum modo, rir baixinho tem um sabor especial.

16. “Uma boa conversa.”
Do melhor que há! Uma boa conversa é envolvida numa partilha quase transcendente e exclui tudo o que seja futilidade e superficialidade, convoca a maturidade e a reflexão, num ambiente de compreensão e tolerância.

17. “A praia.”
Bem, só posso dizer que a praia é excelente! É o espaço em que, para além de podermos trabalhar para o bronze e apanhar umas ondas, podemos sentir a maresia, apreciar o sol, passear o olhar pelo mar, ler em paz... Estender uma toalha, sentir a areia nas mãos (ou no corpo, quando alguém passa), passear à beira-mar, nadar, jogar à bola ou raquetes, sentir a água molhar a roupa, ver as crianças (com “medo das ondas”) a brincar, tomar uma bebida gelada em dias muito quentes na esplanada de frente para o mar, adultos a construir castelos de areia, ver o homem dos gelados a aproximar-se, ouvir ao longe bem ao longe (ainda que não tão longe quanto isso) o movimento citadino… É o melhor sítio para o encontro com nós próprios, é a calma, a tranquilidade, a harmonia perfeita entre a natureza e o Homem. Ah! É o sítio ideal para deleitar-se com um nascer ou com um pôr-do-sol, para admirar o mar, para namorar, para passear ou simplesmente para respirar!

18. “Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.”
Como é algo de inesperado tem o valor da surpresa. Podemos comprar algo mais supérfluo, porque já não contávamos com este dinheiro e não (aliás, também, temos direito aos nossos próprios caprichos!).

19. “Rir-se de si mesmo.”
É bom! Se nos rimos dos outros porque é que não nos podemos rir de nós próprios?! Também fazemos coisas ridículas, incluindo rir de nada ou de tudo, só porque nos apetece. Rir de nós próprios pode ser conveniente para nos acalmar, para afastar o nervosismo. A maior vantagem de rirmos de nós próprios é que só nós percebemos (ou não) porque o fazemos.

20. “Chamadas à meia-noite que duram horas.”
Se a chamada tem uma longa duração é porque a conversa é boa (e o que escrevi em relação a esta aplica-se aqui também). Caso não se trate de uma boa conversa, ou até possa ser uma discussão, não se iludam: a discussão vai acabar por não dar em nada (não incluo guerrilhas clubísticas).

21. “Correr entre os jactos de água de um aspersor.”
É muito bom… A liberdade de poder correr para a molha mais próxima é empolgante, é rasgar os princípios do “socialmente correcto”, é acabar com o convencional e com a contenção de movimentos. É a expressão pura de emoções! (Acho que tenho algumas pessoas que vão partilhar desta opinião… não é pessoal do secundário?!)

22. “Rir por nenhuma razão especial.”
Rir é sempre do melhor! A razão que está por detrás do rir pode estar em não ter razão nenhuma. Rir é uma ginástica facial recomendada pelos especialistas mais conceituados, porque será?

23. “Alguém que te diz que és o máximo.”
Isso não nos deve deixar “convencidos” ao ponto de convertermos um comentário elogioso em alguma atitude de pseudo-superioridade. Só é realmente útil e autêntico se contribuir para aumentar a nossa auto-estima, para nos dar o impulso de nos tentarmos manter tal como somos e na procura de nos aperfeiçoarmos em algo que nós sabemos que falha.

24. “Rir de uma anedota que vem à memória.”
Agradável! Se der para contar a anedota a alguém melhor.

25. “Amigos.”
O melhor do mundo, sem dúvida! É saber que podemos contar com alguém de forma incondicional, longe ou perto, frequentemente ou esporadicamente. É ter alguém connosco, pois temos a certeza que nos transportam no coração e que nos trazem na memória. Amigos são o protótipo da dedicação, camaradagem, disponibilidade, companheirismo, convívio, etc., etc. Um amigo é sempre alguém que te conhece, que te respeita, que te ouve, que te ajuda a levantar quando cais, que te apoia, que te dá o maior sorriso do mundo quando mais ninguém percebe que só precisavas disso, é aquele que ouve o teu silêncio e que o compreende, que aparece quando estás desorientado. Amigos são aqueles que te dão a mão, os braços ou o ombro sem que precises de lhes pedir. Enfim alguém que caminha ao nosso lado. (O comentário é demasiado sintético e simplista, mas tinha mesmo que ser.)

26. “Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.”
Faz-nos sentir bem, mas devemos estar cientes se isso corresponde ou não à realidade. Deixa-nos bem dispostos e com um sorriso na cara que não conseguimos tirar (no mínimo).

27. “Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.”
É raro acontecer, portanto, quando acontece é relativamente bom. Mas se acordas é por qualquer motivo (algum pesadelo, beber água, necessidade do WC mais perto, um ruído, etc.) e, depois, até voltar a adormecer ainda leva alguns minutos que podias ter aproveitado para dedicar ao sono.

28. “O primeiro beijo (ou mesmo o primeiro ou o primeiro com novo parceiro).”
A primeira vez é sempre especial por tudo aquilo que estão a imaginar… O que devemos fazer é beijar alguém sempre como se fosse a primeira vez, para poder sentir o prazer inerente a um beijo que acontece pela primeira vez, visto que se tem a percepção que é único e algo que se quer relembrar para o resto dos nossos dias.

29. “Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.”
É sempre bom conhecer novas pessoas e acrescentá-las ao reportório das nossas amizades. No entanto, li uma vez algo que dizia que os velhos amigos eram, de alguma forma, mais importantes e insubstituíveis, e é justo. Afinal é com eles que se passou mais tempo, são eles que nos conhecem melhor. Porém, os novos amigos têm fortes probabilidades de, com o tempo, virem a tornar-se também velhos amigos.

30. “Brincar com um cachorrinho.”
Pois, só se for com os meus (sim porque quem me conhece sabe que tenho medo de cães). Os animais são importantes para nós pela companhia que nos fazem e quando revelam o seu apreço em sinal de retribuição face aos cuidados que lhes damos.

31. “Haver alguém a mexer-te no cabelo.”
É excelente! Parece que as ideias flúem melhor ou adormeces mais facilmente ou simplesmente deleitaste com o toque das mãos de alguém no teu cabelo. Se ninguém se disponibilizar para tal sempre podem recorrer a um bom cabeleireiro.

32. “Belos sonhos.”
Pois essa é outra coisa que também não me acontece (só muito ocasionalmente). Mas a beleza dos sonhos está na possibilidade de concretizá-los, de trazê-los para a realidade.

33. “Chocolate quente.”
Simplesmente delicioso e quanto mais doce melhor! Em dias frios é muito bom tomado à lareira a pensar nos dias primaveris.

34. “Fazer-se à estrada com amigos.”
A companhia vale por si! Uma viagem é sempre entusiasmante, se for feita com os amigos é querer estender essa sensação aos outros. Há uma troca de impressões diversas, à medida que a viagem decorre, que nos enriquece.

35. “Balancear-se num baloiço.”
É fixe! Parece que o mundo balança com o movimento do baloiço: vai e volta, nada é seguro ou estático. Tem algum paralelismo com a realidade, nunca há uma segurança a 100% de nada, porém também não há uma imutabilidade completa de nada. Tudo o que “vai” acaba por “voltar”, ainda que sofrendo mudanças no percurso.

36. “Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita.”
O Natal é aquela ocasião especial da euforia pelos presentes, em que há aquela indecisão quanto ao melhor presente para oferecer e aquela expectativa sobre o que é que nos vão oferecer. Depois são também os excessos: chocolates e bebida preferida podem ser mesmo uma mistura explosiva (para o ano sejam moderados! Se conseguirem).

37. “Letras de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.”
É conveniente. No entanto, se assim não for qual é o problema de cantar mesmo desconhecendo a letra? Fazemos tantas outras coisas estúpidas, mas no fundo o que interessa é fazer o que nos apetece sem ter receio de correr o risco de nos sentirmos “estúpidos”. Agora é verdade que dá sempre jeito poder acompanhar a música com a letra na mão.

38. “Ir a um bom concerto.”
Realmente é inclassificável. Um concerto, uma multidão (pequenina ou grande) e um clima de envolvimento são os ingredientes-base para um concerto em grande. (Há quem perceba se eu disser, por exemplo, que os concertos de Pedro Abrunhosa têm sempre aquela atmosfera mágica.)

39. “Trocar um olhar com um belo desconhecido.”
Se trocas um olhar com um desconhecido é porque reparaste nele e vice-versa. Talvez venham a trocar muitos outros até deixarem de ser desconhecidos ou se isso não acontecer, fica o registo na vossa mente, aquela sensação de olhar (com tudo o que isso significa) para alguém.

40. “Ganhar um jogo renhido.”
Soberbo! Ninguém gosta de perder, eu particularmente não lido pacificamente com as derrotas... Portanto, se o jogo foi renhido é porque houve muito esforço, ambição e entrega de ambas as equipas (estas qualidades é que dão prestígio a um bom jogo). No fim, acaba por ganhar a que foi melhor ou mais perspicaz para aproveitar um erro “fatal” do adversário ou, então, a que teve mais sorte. (Lembrem-se do recente derby lisboeta SLB vs SCP para a Taça de Portugal!)

41. “Fazer bolachas de chocolate.”
Como não tenho jeito para cozinhar, não tenho outro remédio se não pedir à mãe ou ir ao supermercado mais próximo. Agora não nego que tudo o que é feito em casa é mais importante, requer mais trabalho, faz sujar muita loiça (quando não se percebe do assunto é ainda pior), mas, no fim, é sempre agradável deliciarmo-nos com as bolachitas no sofá, afinal elas são um produto do nosso trabalho e dedicação.

42. “Receber de amigos biscoitos feitos em casa.”
Ao que disse atrás só resta acrescentar a alegria e o bem-estar que sentimos quando recebemos algo dos nossos amigos. Sermos brindados com biscoitos feitos em casa revela todo o carinho possível e se carimbados com um sorriso tanto melhor!

43. “Passar tempo com amigos íntimos.”
Vocês percebem o quanto há de intemporal e de singular nestas palavras… Amigos íntimos são aqueles que te conhecem quase tão bem como tu próprio te conheces, por isso torna-se fácil perceber que é essencial preservá-los a todo o custo. É de facto uma das melhores maneiras de passar o tempo.

44. “Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.”
Ouvir o som das gargalhadas dos nossos amigos é inexplicável! A alegria estampada no rosto de alguém já nos faz sentir bem, se esses rostos nos forem familiares a sensação é ainda maior. Melhor, melhor só mesmo se esse sorriso ou gargalhada se dever, de alguma forma, a nós.

45. “Andar de mão dada com quem gostamos.”
É excelente! É sentirmo-nos protegidos, ancorados a um porto seguro que nem as piores tempestades seriam capazes de abalar. É sentir o desejo de ficar assim com alguém para o resto da vida.

46. “Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas (boas ou más) nunca mudam.”
Muito bom mesmo quando isso acontece… Pena que o tempo ou a distância faz com que já nos encontremos apenas por acaso... Depois é sempre bom ver que conservam algumas coisas características, sejam boas ou más, significa que esse velho amigo não mudou e pelo menos continuamos a conhecer essas suas facetas como antes.

47. “Patinar sem cair.”
Bem, dava jeito não cair, contudo há que aprender a cair para, posteriormente, podermos dar o devido valor ao equilíbrio.

48. “Observar o contentamento de alguém que está a abrir um presente que lhe ofereceste.”
Gratificante acima de tudo! Poder ver a satisfação de alguém perante uma prenda que nós lhe oferecemos é daquelas coisas que esconde muito mais para além daquilo que nos é dado a ver. Ah! Também se fica a saber que acertámos em cheio naquilo que a pessoa queria.

49. “Ver o nascer do sol.”
Acho que devo acrescentar “e ver o pôr-do-sol”. Ambos são os melhores espectáculos com que a Natureza nos presenteia todos os dias gratuitamente. Ver o sol a iluminar o céu logo pela manhã é arrebatador, recarrega as nossas energias para enfrentar um novo dia com a mesma grandiosidade. O pôr-do-sol é igualmente magnífico, ver o sol a desaparecer pela linha do horizonte, o prenúncio do aproximar de mais uma noite… Ah! A noite também tem o seu encantamento natural: haverá melhor coisa do que poder admirar a Lua e as estrelas?

50. “Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia...”
E desejar que esse novo dia contemple algumas destas (e outras) coisas boas da vida!

Ora bem, se chegaste ao final deste post é porque resististe… e tenho que felicitar-te pelo tempo que dispendeste. Sei que há muitos mais itens a acrescentar mas terá que ficar para uma próxima, mas há um essencial que não posso deixar de referir: a família.
Quero acreditar que concordas com alguns destes pontos e espero que ponhas os demais em prática a curto ou médio-prazo! E, claro, o melhor da vida não se resume a esta meia centena de pontos, tens é que (re)descobrir os restantes!

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