Escrita ou oral?

16:15

Afinal a palavra tem mais valor quando é veiculada pela oralidade ou pela escrita? Esta questão está presente ao longo do artigo “A palavra escrita”, de Ivan Izquierdo (in “O Globo”), no qual se afirma que aquilo que distingue o ser humano dos animais é o sistema verbal.
A faculdade de comunicar através da palavra é intrínseca ao Homem. O autor do artigo escreveu assim: “Quando escrito, o sistema verbal adquire outra vida própria; alheia e superior ao da verbalidade oral”. Também na minha opinião, as palavras ditas têm uma importância menor em relação àquelas que estão escritas. Podemos valorizar muito as palavras que nos dizem, que ouvimos, podemos até “jurar” a nós próprios que não esqueceremos; no entanto, há sempre algo que se perde gradualmente, ao ponto de se dissipar com o tempo. Nessa altura, recordamos apenas o sentido das palavras, mas seremos incapazes de as reproduzir fielmente. A prova disso é que “esquecemos com facilidade o conteúdo de uma aula, não o de um texto. Os contratos só valem quando escritos. As leis e os tratados também.
Concordo igualmente com o professor Ivan Izquierdo quando escreve: “Há ainda uma magia, uma autoridade tradicional nos livros que talvez não possa ser facilmente substituída. (…) Interessa que a palavra escrita comunica mais e persiste além da sua expressão oral.” A força das palavras escritas é incomparável, perdura no tempo, enquanto o discurso oral é demasiado efémero e precário; mas a verdade é que o valor da palavra (seja escrita ou falada) reside no significado que tem para nós.
A terminar o seu artigo, Ivan Izquierdo diz ainda que “Para escrever bem é preciso ler bastante e pensar com clareza; as duas coisas, uma só não serve” e acrescenta que ler “atinge mais sectores da alma”. Portanto, sigam estas duas últimas ideias do professor e apliquem-nas no meu blog (leiam e revelem a vossa opinião)!

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