“A imitação dos heróis é o hábito sagrado dos cadáveres entretidos.”

15:45

Em tinta vermelha, estas letras sobressaem numa parede abandonada. Provavelmente, escritas por alguém abandonado à percepção da realidade ou ao desespero. De facto, quando nos falta a criatividade, a imaginação, a originalidade, a vontade ou simplesmente o vigor para sermos nós próprios, há sempre uma alternativa que se apresenta como infalível: imitar alguém. Porém, ao imitarmos heróis perdemos a oportunidade de sermos nós próprios os heróis. Portanto, para quê entreter o tempo a copiar um herói? Para quê adaptar a nossa vida ao plágio rotineiro? Só não seremos cádaveres vivos se formos adversos à imitação servil de pseudo-heróis. É evidente que devemos ter os nossos modelos, contudo devemos ter a autenticidade e a coragem q.b. para sermos nós próprios, para não cairmos no erro de copiar fielmente alguém.

Para que nos orgulhemos da nossa identidade temos que aceitar os nossos defeitos e melhorar as nossas qualidades; só isso nos dará a motivação para termos a nossa auto-estima em alta, para sermos o exemplo para nós próprios e para que possamos zelar pelo nosso ego.

Haverá sempre alguém que nos admira, que nos vê como heróis, mas o que importa é que nos vejamos como heróis no dia-a-dia. Por isso, revelem o vosso heroísmo discretamente e sem esperar reconhecimento.

Haverá heróis ou não seremos todos nós, cada um à sua maneira, num ou noutro momento da vida, heróis? Pensem nisto!

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