Encontros inesperados

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Uma das melhores coisas que torna o nosso dia ou a nossa noite mais risonho/a é encontrar, por um mero acaso, pessoas que nos são queridas e que já não vemos há imenso tempo.
É sempre indescritivelmente agradável quando alguém nos aborda inesperadamente para nos cumprimentar (se calhar um pouco a medo para não falhar na nossa identificação) ou quando estamos no meio de uma multidão e, de repente, olhamos para o lado esquerdo, direito, em frente ou para trás e deparamo-nos com um rosto que nos é familiar como se toda a gente, que nos rodeia e afasta, se dispersasse por instantes, permitindo-nos ter a percepção da presença de alguém que o tempo afastou de nós, em caprichos traiçoeiros do destino.
Por si só, encontrar uma pessoa que, nunca esquecemos, mas da qual passam-se dias sem que a sua lembrança nos perturbe a mente, é algo estupendo. No entanto, os reencontros imprevisíveis têm o valor suplementar inerente a uma qualquer boa surpresa e quanto mais inesperado for o local, a hora, a ocasião em que tais encontros acontecem, maior é o entusiasmo e a alegria.
É muito bom receber um abraço que simboliza o selar de tempos anteriores e aquele momento; é muito bom algum conhecido, colega ou amigo dirigir-se a nós, com um sorriso enorme, demonstrando o carinho e estima que nutre por nós. Há uma partilha de sentimentos recíprocos que nos extasia, mas o mais gratificante é perceber que os sinais exteriores de contentamento revelam uma imperscrutável satisfação interior.
Por tudo isto, atrevo-me a dizer que melhor do que tornar alguns encontros previsíveis é mesmo deixar que o imprevisto aconteça e nos surpreenda positivamente.

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