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Admirei-te um dia. Admirei a tua irreverência nos gestos e nas palavras. Invejei sobretudo a tua Liberdade… Sempre foste contra tudo aquilo que estava estabelecido como uma ordem. Sempre recusaste aceitar o que te queriam impor à força.
Pagaste caro essa filosofia de vida. Mas penso que valeu a pena, mais que não seja porque conseguiste despertar nos que te rodeavam frustração por serem tão míseros e pequeninos ao pé de ti.
Foste como eras: não ligaste a falsas e altíssimas moralidades, conseguiste criar sonhos e asas. Porém, alguém as cortou antes de te deixar voar. Mesmo assim, admiro o facto de não teres criado raízes… Os outros tentam criar raízes durante uma vida inteira sem o conseguirem; para ti, o chão é infértil e só no teu espírito sentes alguma ligação afectiva com algo ou com alguém, embora ninguém perceba isso. Ou melhor, pouca gente se interessa, de facto, em perceber…
Um dia, representaste para mim a personificação da Liberdade, o desprezo pelas convenções, a apologia de se ser tal como se é, em qualquer sítio, em qualquer hora, com qualquer pessoa. Hoje, pergunto-me se continuas assim.

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