Quando me contaste o teu sonho…

08:42

Partilhaste esse sonho comigo quase num murmúrio; fingi que não o ouvi e pedi para repetires, mas o tom subliminar fez com que te implorasse que falasses mais alto. Sim, foi de propósito. Queria que ouvisses o teu sonho, queria que percebesses que os sonhos não são para serem abandonados com receio de prováveis fracassos ou reprovações dos outros. Quando muito devem ficar em standby, mas nunca empurrados para o fundo do nosso “eu”. Mais tarde sentirias a frustração com o peso acrescido de não teres tentado. Confessaste o teu medo pelos olhos, denunciaste a fraca tenacidade desanimada pela conjuntura que te impuseram. Por causa dessa armadura três tamanhos acima do teu, pensaste em desistir. Tentei persuadir-te do contrário e hoje posso dizer que consegui. Mostrei-te a minha convicção e dei-te a maior ajuda, com a maior simplicidade possível (ambas passaram despercebidas), quando insisti que falasses mais alto do teu sonho. Depois, foi a tua voz que fez o resto: ecoou pelos teus ouvidos, invadiu o teu cérebro, accionou os mecanismos do combate e te fez triunfar.
Às vezes, o incentivo de alguém, a força energizante contida em palavras breves, mas assertivas, são determinantes para acreditarmos nas nossas capacidades, nos nossos sonhos. Hoje, acompanho ao longe o teu sonho, e sorrio porque sinto-o como algo que te fez procurar a felicidade por ti, como algo que não te limitou à conformação de situações estáveis e sem incertezas. Agora é tempo de continuar… a sonhar!

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