Uma questão de (des)confiança

21:55

“Poderia, com esforço, perdoar-lhe aquela aventura, mas sentia que algo se desmoronava irremediavelmente. Nunca seria capaz de esquecer. O amor de ambos nunca voltaria a possuir a plenitude que tivera até ali, porque a sua confiança no marido fora destruída para sempre.” (in “Destinos Traçados” de Rodrigues de Carvalho)

Provavelmente, muitos de nós já nos questionamos sobre este sentimento que tanto abala como fortalece as relações humanas: a confiança que depositamos em alguém. Especialmente nos relacionamentos amorosos, a confiança é essencial para não deixar que a liberdade da outra pessoa nos cause ciúmes infundados. Mas a verdade é que, de cada vez que perdemos a confiança em alguém muito dificilmente a voltamos a reaver tal como era. Uma vez perdida nem sempre é fácil fazê-la renascer e, quando acontece, paira sempre uma certa desconfiança inconsciente.
Custa muito ser-se traído e não há amor que resista. Ninguém é capaz de perdoar uma traição. Não é possível que perdoemos alguém que nos traiu e consigamos depositar a confiança intacta de antes, haverá sempre uma sombra de desconfiança a pairar a cada olhar, a cada palavra, a cada gesto. Uma traição é daquelas coisas que não se lamenta, evita-se.

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