Bolo-Rei
01:31Simbologia
Este bolo representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. Assim, a côdea simboliza o ouro, as frutas cristalizadas e os frutos secos representam a mirra e, por fim, o aroma do bolo simboliza o incenso.
A Lenda
Há uma lenda que explica a existência da fava no interior do bolo-rei. A lenda conta que os Reis Magos, quando viram a Estrela de Belém, que anunciava o nascimento de Cristo, disputaram entre si o direito de entregar ao Menino Jesus os presentes que levariam. Como não conseguiam chegar a um acordo, um padeiro propôs-lhe fazer um bolo com uma fava no interior da massa, em seguida, cada um dos três Magos do Oriente tiraria uma fatia e o que tivesse a sorte de retirar a fatia que incluísse a fava, entregaria os presentes a Jesus. Desconhece-se qual foi o feliz contemplado.
Origem
O bolo-rei tem origens francesas, embora a sua receita tenha corrido mundo. A fama de proporcionar prosperidade a quem comesse a fatia com a fava, fez com que a popularidade do bolo-rei crescesse. A tradição dita ainda que quem receber a fatia com a fava, tem de oferecer o bolo-rei no ano seguinte.
O sistema de eleição dos romanos recorria à votação com favas. Esta prática foi introduzida nos banquetes das Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa (também chamado Rei da Fava). Ao que parece, este costume teve origem num jogo de crianças, muito frequente durante aquelas festas e que consistia em escolher o rei, tirando-o à sorte com favas. O jogo acabou por ser adaptado pelos adultos, que passaram a utilizar as favas para votar nas assembleias.
Sendo aquele jogo infantil característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica passou a relacioná-lo com a Natividade e, depois, com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro. Na Idade Média, a influência da Igreja determinou a instituição do Dia de Reis.
De qualquer modo, a festa de Reis começou a ser celebrada na corte dos reis de França, muito cedo. O bolo-rei teria surgido no tempo de Luís XIV para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis. Vários escritores escreveram sobre ele e Greuze celebrou-o num quadro, com o nome de Gâteau des Rois. Com a Revolução Francesa , em 1789, este bolo foi proibido. Mas, uma vez que os pasteleiros tinham ali um bom negócio, não o eliminaram das suas confecções e passaram a designá-lo “Gâteau des Sans-Cullottes”.
Embora o consumo do bolo-rei seja mais significativo entre finais de Novembro e o dia 6 de Janeiro, o gosto por este bolo faz com que seja vendido durante todo o ano.
2 apontamentos