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Muitas vezes, esta frase, escrita numa das paredes laterais da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, traduz o meu estado de espírito em dias normalíssimos e, simultaneamente, difíceis.

Passo tantas vezes por esse local e sempre que leio estas palavras, redescubro uma verdade imponente que sustenta, nessa simplicidade, um estado de espírito frequente. Quantas vezes eu e muitos outros nos sentimos fracos e com vontade de conversar?! É sobretudo a necessidade de encontrar alguém disposto a escutar-nos… Essa necessidade é tantas vezes desleixada que nos vai desumanizando.

A estranheza sentida em todo o ser por tal estado de alma, inquieta-nos emocionalmente. Essa inabilidade para lidar frontalmente com a própria fraqueza (e com a alheia) faz com que sejamos incapazes de a confessar e até de a assumirmos para nós próprios.

Cada batalha perdida, cada esperança que se esvai, cada frustração que se soma resultam nessa sensação de fracasso, de dúvida, de deriva… Tudo acaba por se esquecer, pois as “obrigações” não nos permitem ceder nem ajoelhar quando nos falta a força que nos sustenta…

É sobretudo aqui que me sinto fraca e com vontade de conversar e não encontro ninguém que o perceba ou ninguém a quem o confessar ou a coragem suficiente para assumir essa necessidade. Sobra o papel como último recurso e talvez até fosse a melhor alternativa se não fosse a inexistência de um feedback…

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