No rescaldo da Queima…

18:29

Depois de bastante tempo arredada do mundo da Internet, chega a hora de retomar a actualização (o mais frequente possível) do blog. Contudo, como a tónica deste mês de Maio tem sido Queimas das Fitas por todo o país, era inevitável que o post de hoje não abordasse aquela que me é mais próxima – a Queima do Porto.

À semelhança do ano passado, a cabeça de cartaz da primeira noite foi Pedro Abrunhosa, precedido dos Collecting Dust – os vencedores do IV Concurso de Bandas de Garagem. Como não podia deixar de ser, aqui fica a reportagem fotográfica do concerto.

E já agora acrescento que, este ano, foi o ano que consegui um lugar privilegiado: estava realmente próxima do palco (não junto às grades, mas pouco faltou).

Como já se tornou tradição, eu e a minha amiga Diana fizemos questão de constituir um dueto bem afinadinho (ou não tanto quanto isso se fosse Pedro Abrunhosa a avaliar), mas o importante foi justificar o porquê de estarmos ali! E já vamos no 3º ano consecutivo… Esperemos que ainda haja um 4º no próximo ano!

Já agora, tenho que agradecer também ao meu amigo Pedro (e não, não me refiro ao Abrunhosa) pela companhia e pela paciência com que nos aturou em mais um concerto de Pedro Abrunhosa.

Pedro Abrunhosa já nos habituou ao clima de plena sintonia e envolvimento com o público. O Parque da Cidade assistiu ao intimismo típico dos concertos de Pedro Abrunhosa.

Escusado será dizer que, para mim, a par do concerto dos Xutos, o de Pedro Abrunhosa foi o melhor! Num registo diferente, Xutos & Pontapés levaram ao delírio todos aqueles que marcaram presença na noite de encerramento da Queima.

Domingo, dia 7 – Dia da Mãe – foi dia de vir a casa passá-lo com a minha. Depois, segunda, foi trabalhar de tarde e descontrair à noite. Boss AC esteve muito bem na interacção com o público. Gostei particularmente quando ele pediu ao público que marcasse o ritmo da música com o estalar dos dedos – sem duvida, muito original! Seguiu-se o concerto dos Orishas e os cubanos arrasaram literalmente.

A noite do cortejo é conhecida pela quantidade imensa de gente que aflui ao queimódromo e, de facto, nessa noite, não havia um centímetro quadrado disponível para alguma liberdade de movimentos. As músicas populares do Quim Barreiros fizeram com que muita gente dançasse por entre a multidão com desconhecidos. Quanto ao Herman, ouvi dizer que esteve bem (porque apesar de estar por lá não lhe pude dedicar a minha atenção). Para desgosto de algumas pessoas, consta-se que ele não cantou a música do Serafim Saudade.

Quarta-feira, concertos de Blind Zero e Jorge Palma. Quinta-feira foi um dia dedicado a ir conhecer novas paragens e novas pessoas à cidade dos estudantes – Coimbra. Depois, sexta-feira foi o dia que seria de descanso (supostamente). A fechar a Queima deste ano, Yellow W Van e Xutos & Pontapés. O cartaz contou sobretudo com a presença de grandes nomes do panorama musical português, o que é verdadeiramente louvável!

As noites da queima tiveram um pouco de tudo, mas só quem teve a honra da minha companhia poderá perceber o que ficou de cada coisa que vou passar a enumerar: desesperar à espera de transporte e/ou à procura de estacionamento; assistir em primeiro balcão a uma cena de iminente pancadaria entre um casal de turistas que andavam perdidos no autocarro há mais de uma hora; cantar a plenos pulmões músicas que em circunstâncias “normais” não nos imaginaríamos a fazer; bater palmas com euforia e com muito ritmo; coreografias aprendidas em dois tempos porque nos era exigida uma destreza dançante variada; os shots bebidos em brindes a tudo aquilo que ali nos une: seja o curso ou a amizade; descobrir o espaço alternativo da tenda de jazz; sentir a alegria dos encontros com velhos amigos; o familiar pão com chouriço para reanimar; os novos conhecimentos; fotografar o ambiente do queimódromo; a exaustão de percorrer espaço apinhado de gente; dançar na tenda electrónica; o convívio e a diversão a comandarem a maioria dos bons momentos; a animação das visitas fiéis às barracas dos cursos dos nossos amigos; este ano, a barraca da FEUP Mecânica que, para nós, esteve no auge; depois ir para casa, tomar o pequeno-almoço e dormir algumas horas (não tantas como gostaria, mas enfim… até porque como o vizinho do andar de cima cantava no chuveiro e fazia-se ouvir pelo prédio inteiro era impossível descansar).

A Queima das Fitas 2006 no Porto foi verdadeiramente extenuante. Foram muitas noites a marcar presença no queimódromo até de manhã e sempre com a energia no mais alto grau possível. Claro que o resultado destas longas noites sem dormir foi só muito cansaço que só é tolerável porque foi consequência directa de muito, muito divertimento. E talvez este ano tenha descoberto o verdadeiro “espírito da Queima”… Em grande parte, devo-o à boa companhia (infelizmente nem todas as pessoas aparecem nas fotos)!

Sofy, eu, Bárbara, Ana Margarida

Milene, Marco, Sofy, Sheila, Miguel

Próximo ano, lá estaremos de novo!

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