Numa qualquer hora da noite…
16:52Quando o som que povoa o silêncio da casa adormecida é o leve ressonar daqueles que descansam, daqueles que conseguem fazer tréguas com o destino, fica a resistência de quem luta contra o sono, o cansaço, o desânimo, a desesperança e as lágrimas.
O sofrimento tem esse efeito de nos despertar para forças (ocultas) que julgávamos não possuir. E então é como se vivesse um inimigo dentro de nós: queremos expulsá-lo e não conseguimos. Ficamos irritados e desesperados. Perdemos a lucidez porque não conseguimos evitar um envolvimento emocional numa causa que, mesmo sendo alheia, é a concretização de princípios que sempre defendemos acerrimamente. Sentimos o sopro da impotência, contudo, mantemos a vigília e a máxima atenção.
Combater a incerteza dos dias é a prova de fogo do quotidiano agitado que vivemos, mas combater a incerteza dos minutos contados com um optimismo crónico (que nem sempre é fácil alimentar…) e o desejo de conseguir fazê-lo sobreviver, é duro. Esses olhos profundos sem expressão e esse sorriso infantil gravam-se na memória para o resto dos dias.
Retribui esse sorriso cúmplice, de confiança. Sei que depositaste em mim todas as esperanças. Agora carrego o meu sonho e também o peso da tua expectativa de o ver concretizado. Já não consigo distinguir se terá sido essa a mensagem que me enviaste de uma forma tão encriptada. Não chego a um entendimento consensual.
Um dia vou prestar-te a devida homenagem por me teres emprestado o escudo e vou agradecer-te por não me teres ensinado a usá-lo. Só raras excepções é que o ergo. Precisei travar a luta da incerteza e das dúvidas para perceber que ele só deve ser usado, sem reservas, para nos protegermos em situações extremas de perigo iminente, de risco altamente elevado.
Agora que os outros dormem, o meu escudo embateu nos azulejos do chão frio e fez um estrondo inaudível para eles, que dormem profundamente. Fiz do escudo a minha segunda sombra e da espada a minha segunda grande arma de defesa pessoal. Mas, neste momento de clarividência, percebi que tenho que o deixar cair o quanto antes!
Os golpes do adversário não vão deixar de me atingir mesmo que use o escudo. Por isso, só preciso saber usar a espada ao serviço da intuição, já que o escudo só me dificulta a percepção exacta das condições bélicas que me esperam. Vou lutar para concretizar o sonho que já sabes e vou provar que, mesmo sem o escudo, vou merecer o teu voto de confiança!
O sofrimento tem esse efeito de nos despertar para forças (ocultas) que julgávamos não possuir. E então é como se vivesse um inimigo dentro de nós: queremos expulsá-lo e não conseguimos. Ficamos irritados e desesperados. Perdemos a lucidez porque não conseguimos evitar um envolvimento emocional numa causa que, mesmo sendo alheia, é a concretização de princípios que sempre defendemos acerrimamente. Sentimos o sopro da impotência, contudo, mantemos a vigília e a máxima atenção.
Combater a incerteza dos dias é a prova de fogo do quotidiano agitado que vivemos, mas combater a incerteza dos minutos contados com um optimismo crónico (que nem sempre é fácil alimentar…) e o desejo de conseguir fazê-lo sobreviver, é duro. Esses olhos profundos sem expressão e esse sorriso infantil gravam-se na memória para o resto dos dias.
Retribui esse sorriso cúmplice, de confiança. Sei que depositaste em mim todas as esperanças. Agora carrego o meu sonho e também o peso da tua expectativa de o ver concretizado. Já não consigo distinguir se terá sido essa a mensagem que me enviaste de uma forma tão encriptada. Não chego a um entendimento consensual.
Um dia vou prestar-te a devida homenagem por me teres emprestado o escudo e vou agradecer-te por não me teres ensinado a usá-lo. Só raras excepções é que o ergo. Precisei travar a luta da incerteza e das dúvidas para perceber que ele só deve ser usado, sem reservas, para nos protegermos em situações extremas de perigo iminente, de risco altamente elevado.
Agora que os outros dormem, o meu escudo embateu nos azulejos do chão frio e fez um estrondo inaudível para eles, que dormem profundamente. Fiz do escudo a minha segunda sombra e da espada a minha segunda grande arma de defesa pessoal. Mas, neste momento de clarividência, percebi que tenho que o deixar cair o quanto antes!
Os golpes do adversário não vão deixar de me atingir mesmo que use o escudo. Por isso, só preciso saber usar a espada ao serviço da intuição, já que o escudo só me dificulta a percepção exacta das condições bélicas que me esperam. Vou lutar para concretizar o sonho que já sabes e vou provar que, mesmo sem o escudo, vou merecer o teu voto de confiança!
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