Futurologia adiada

08:20



Há questões sobre as quais ela nunca se debruçou por saber que não faz muito sentido, pelo menos por enquanto, pensar nelas. Determinado tipo de objectivos não lhe interessam, se as suas prioridades por agora são outras.

Considero que não é, de todo, muito normal, mas reconheço que é mais seguro assim. Ela só pensa quando sabe que tem condições de realizar, até lá prefere não criar conjecturas hipotéticas, porque sabe que acabarão por nunca acontecer como as tinha equacionado.

Costuma dizer que “agora já não é como antes”. Já tem medo só de imaginar (quanto mais de verbalizar!), porque tudo o que gostaria que tivesse sido “assim” saiu ao contrário.

Em seu torno, vertem-se expectativas, perspectivam-se cenários futuros. Ela, porém, mantém-se na marginal dos sonhos e caminha devagar, olhando o pôr-do-sol que espreita por entre os montes à esquerda.

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