Texturas mnemónicas

16:29

Já não estamos tão próximos. Sinto-o. O que ficou de ti arrasta-se por uma superfície lisa. Vai escorregando sem deixar qualquer aroma na pele. Os nossos dedos comportam-se como estranhos.

Em passos pequeninos e silenciosos, há uma distância e uma desistência. Os gestos de antes perdem-se neste estertor da vontade. Os teus olhos continuam muito astutos, mas o que alcançam não passa de realidades desfocadas.

Compreendo. É simples, até. Entre nós só há brumas densas e reminiscências elevadas à perfeição dos pormenores.

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