Pedalando

10:35

Hábitos recuperados, energias retemperadas. As pernas ressentem-se, entorpecidas que estão pela preguiça de dias, pela inércia de meses, pela letargia dos intervalos. O percurso é bem conhecido e a companhia de sempre, relembrando voltas dadas num circuito familiar.

Agora, as janelas das cozinhas não estão abertas e a roupa não pende dos estendais colocados no parapeito. Os rostos já não têm as mesmas feições e há outros que só a memória recupera a existência.Já não andamos ao final da tarde. Preferimos a noite. Talvez para não vermos os detalhes recortados das reminiscências sublimes na clara evidência da luz diurna. Lá seguimos uma rota similar, a um ritmo semelhante.


Nessa marcha, prosseguimos e rimos. Um dia, creio, também vou ter saudades desses sorrisos e, então, não haverá, tal como hoje já não há, um cestinho à frente onde depositá-los e repeti-los.

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