Será preciso viver na vertigem da morte para celebrar cada dia?

16:16

Corremos a cada dia para chegar a lugar nenhum, movidos pela pressa de viver. A mesma pressa que nos impede de viver conscientes da inutilidade de algumas tarefas, da insignificância de certas conversas, da inviabilidade de determinadas discussões. Há verdadeiras perdas de tempo precioso, que fazem com que releguemos para um segundo plano aquilo que é realmente prioritário para nós.
No livro “Veronika decide morrer”, Paulo Coelho afirma que “a consciência da morte anima-nos a viver mais” e temos que concordar com esta asserção. A história de Veronika é interessante para todos aqueles que mergulhados na rotina e na monotonia dos dias anseiam por qualquer coisa que lhes traga inovação. A verdade é que quando vivemos conformados com os hábitos, adeptos do inalterável, dependentes dos costumes, viciados na previsibilidade, desejamos e esperamos, com todas as forças inconscientes, que algo marque a diferença.
Se encontram alguma identificação com algum dos estados anteriores: STOP! Não é preciso sentir a vida na corda bamba para fazermos aquilo que mais gostamos, não é necessário termos o conhecimento prévio de que a morte está próxima para sermos nós próprios, não é imprescindível ter a percepção de fim para estarmos com quem mais queremos. Talvez tudo se resuma a uma questão de atitude perante a Vida.
Quando os dias da vossa existência começarem a padecer de tédio: gritem, saltem, riam, corram, calem-se, chorem, façam o que a vossa vontade vos ordenar. Seja o que for que vos apeteça fazer para marcar um instante não hesitem! A vida não é o somatório de dias “iguais”, vai mais além do que isso (ou deve ir), portanto façam por isso! Valorizem cada milésimo de segundo da vossa vida, nem que para isso se lembrem que pode não haver um acordar para o dia de amanhã.

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