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Hoje e aqui, neste banco do jardim, sinto-me “o velho do jardim” da música da Mafalda Veiga, em que os outros passam e olham-me com desdém ou indiferença. Talvez eu própria tenha atingido precocemente a velhice… Sinto que o meu tempo acaba em mim, fechado em lapsos da minha identidade que ainda falta descobrir e assumir.
Dói-me o coração por sentir coisas que passam despercebidas para o resto das pessoas. Apetece-me chorar e acreditar que as lágrimas levarão com elas as saudades que sinto de ti… Mas as lágrimas podiam induzir a algo que, de facto, não tem razão de ser, ou mesmo que não seja de todo infundado, é algo que não é inteligível para os outros. Trata-se de algo que mora em mim sem que consiga transmitir e permitir que os outros me possam ajudar. Todavia, a maior ajuda está em tentar perceber onde é que falhámos exactamente para recomeçar.

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