“O sentimento vive nos silêncios”

10:12

Esta afirmação é, talvez, das mais assertivas que li recentemente. Como concordo com ela decidi-me dar-vos a conhecer a minha justificação rapidamente. O silêncio é sem dúvida incómodo quando não conseguimos interpretá-lo e não é diferente quando sabemos a que se deve. Mesmo quando ele existe porque não faz sentido proferir palavras ou porque só nele encontramos o sentido das palavras, o silêncio é o que nos separa e o que nos aproxima dos outros. Não é fácil desmontar este paradoxo... Tudo aquilo que fica por dizer tem, também, o seu quê de mágico e de imprevisível, sujeito a múltiplas significações e ambiguidades.
O silêncio sempre foi algo que me incomodou quando não conseguia percebe-lo. Tentava de todas as formas acabar com a sua presença. No entanto, hoje sei que há demasiado silêncio em muitas conversas apressadas, em muitos diálogos ininterruptos que mantive...
E o sentimento vive nos silêncios porque os sentimentos nunca podem ser traduzidos em pleno por palavras. O silêncio é o repositório do que não conseguimos dizer, do que não somos humanamente capacitados para demonstrar. Os silêncios são, por vezes, a melhor personificação do que sentimos. Assim, porque é que tantas vezes insistimos em quebrar o silêncio que nos une?

P.S.: informação final: é provável que não haja actualizações do blog nos próximos dias. Também preciso de uns dias de férias! Divirtam-se!

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