Descobri o talento de Inês Pedrosa
15:40As férias servem sobretudo para fazer aquilo que no resto do tempo nos é vedado ou dificultado. Entre as coisas que tenho conseguido fazer com “êxito” é mesmo ler. Ler horas a fio. Acordar e ficar a ler na cama. Ler em frente ao fogão enquanto se cozinha. Ler até altas horas da madrugada. Em suma, alimentar o doce vício de ler. Claro que isto só me acontece com livros que realmente me prendem a mente ao enredo…
No início das férias, comprei o livro “Fazes-me falta” da escritora Inês Pedrosa. A primeira motivação foi mesmo o título, que atraiu o meu olhar, moveu a minha curiosidade, soou algum tempo na memória até me decidir a adquiri-lo. A outra razão foi o facto de desconhecer a obra desta escritora portuguesa.
E recomendo acerrimamente este livro, cujo profundeza e subjectividade obriga a uma leitura atenta e meditativa. É incrível as formas que se encontram para não deixar morrer a memória de alguém efectivamente morto. Sim é um livro cuja densidade da angústia e da tristeza não nos deixa indiferente. Sim é um livro cujas palavras nos tocam bem no fundo. Sim é um livro cujo alcance nos leva a reflectir sobre as carências que nos ficam gravadas na alma e lapidadas no coração. Porque todos nós sentimos (esporadicamente ou não) a falta de alguém é oportuno ler este romance.
Transcrevo algumas das citações que mais me marcaram, na esperança de vos agudizar o interesse por este livro.
“Fazes-me falta. Mas a vida não é mais do que essa sucessão de faltas que nos animam.”
“Comecei a desaparecer no dia em que os meus olhos se afundaram nos teus. Agora que os teus se fecharam sei que não voltarás a devolver-me os meus.”
“Os casamentos, como os funerais, são dias de esquecimento. Embriagamo-nos de champanhe ou lágrimas, afogamo-nos no leito grosso de ruínas sobre as quais o sangue habitualmente circula, e de repente é noite e não sabemos bem o que se passou. Só depois, nas fotografias, nos damos conta de que estivemos lá – mas dos enterros não se guardam fotografias.”
No início das férias, comprei o livro “Fazes-me falta” da escritora Inês Pedrosa. A primeira motivação foi mesmo o título, que atraiu o meu olhar, moveu a minha curiosidade, soou algum tempo na memória até me decidir a adquiri-lo. A outra razão foi o facto de desconhecer a obra desta escritora portuguesa.
E recomendo acerrimamente este livro, cujo profundeza e subjectividade obriga a uma leitura atenta e meditativa. É incrível as formas que se encontram para não deixar morrer a memória de alguém efectivamente morto. Sim é um livro cuja densidade da angústia e da tristeza não nos deixa indiferente. Sim é um livro cujas palavras nos tocam bem no fundo. Sim é um livro cujo alcance nos leva a reflectir sobre as carências que nos ficam gravadas na alma e lapidadas no coração. Porque todos nós sentimos (esporadicamente ou não) a falta de alguém é oportuno ler este romance.
Transcrevo algumas das citações que mais me marcaram, na esperança de vos agudizar o interesse por este livro.
“Fazes-me falta. Mas a vida não é mais do que essa sucessão de faltas que nos animam.”
“Comecei a desaparecer no dia em que os meus olhos se afundaram nos teus. Agora que os teus se fecharam sei que não voltarás a devolver-me os meus.”
“Os casamentos, como os funerais, são dias de esquecimento. Embriagamo-nos de champanhe ou lágrimas, afogamo-nos no leito grosso de ruínas sobre as quais o sangue habitualmente circula, e de repente é noite e não sabemos bem o que se passou. Só depois, nas fotografias, nos damos conta de que estivemos lá – mas dos enterros não se guardam fotografias.”
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