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Hoje voltei a ter-te aqui, à minha frente, como te conheci, bem afastado daquilo que ultimamente te tens revelado. A sensação de te ver dirigires a mim com o sorriso aberto e sincero que sempre te conheci (e que, agora, tão poucas vezes tenho tido a oportunidade de retribuir) encheu-me o coração de uma alegria rara.
Voltei a sentir-te bem perto de mim. Voltei a acreditar que continuamos a partilhar a mesma cumplicidade que escapa a todos os outros e, por vezes, até nós próprios a desprezamos. Queria muito que as coisas voltassem a ser como foram um dia... Sem termos que nos ignorar mutuamente porque os outros nos impelem a isso. Não somos nós. Eu sei que não és tu quando o fazes. Hoje tive essa certeza renovada. Caramba fazes-me tanta falta, mas não esperes que te confesse isso. Seria incapaz de o fazer contigo, pela simples razão que tu me conheces demasiado bem (talvez até melhor do que eu imagino) para não o perceberes.
Hoje queria ter perdido a noção do tempo. Hoje queria esquecer-me de tudo o resto e aproveitar o facto de te ter tido aqui… Um dia, espero que os nossos encontros ocasionais se tornem mais frequentes sem que haja realmente necessidade nisso. Ambos gostamos de partilhar o que de importante se tem passado na nossa vida, assim, porque o havemos de fazer por tópicos? Exijo-te mais do que um síntese resumida. Não quero voltar a ver-me obrigada a ler nas entrelinhas. Lembra-te que ambos só nos temos um ao outro quando nos cruzamos sozinhos.

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