“Está-se tão exposto à crítica como à gripe”

07:34

Hoje lembrei-me desta citação. A verdade é que sempre que somos os autores de um trabalho bem ou mal realizado, sempre que somos os responsáveis por palavras agradáveis ou desagradáveis, sempre que fazemos algo ou deixamos de fazer, somos sempre alvo predilecto dos críticos assumidos, dos críticos de bancada e dos críticos de bastidores.

Há opiniões que são proferidas em público e que geram polémica entre o auditório. Nesse contexto, há duas atitudes: uma de contestação imediata, outra de adesão entusiasta. De ambas, não restam justificações lógicas. Os primeiros cedem aos ataques pessoais para criticar, mesmo que disponham de fundamentos racionais; os segundos refugiam-se em sorrisos de concordância e expressões de pleno conhecimento. Depois, por entre eles ainda há os pseudo-apáticos que, sob a aparência de ignorarem, criticam subtilmente.

Não há pior crítica do que aquela que é feita com ironia mordaz. Quando executamos determinada tarefa, ocupamos determinado cargo, damos sempre o nosso melhor (ou pelo menos assim deveria ser) e, no fim, esperamos sempre, mesmo que isso se processe no âmbito do inconsciente, por uma avaliação, uma apreciação, uma consideração, um reconhecimento. As críticas são imprescindíveis. Porém, se forem destrutivas podem ser fatais (se as entendermos como dogmas, acabam por abalar a autoconfiança nas nossas capacidades), as críticas construtivas abrem portas ao aperfeiçoamento.

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