Lógica em stand-bye

15:10

Pollock

Passam músicas calmas e agradáveis na estação de rádio sintonizada aleatoriamente, coadunam-se com o meu estado de espírito de hoje. A noite aproxima-se e apetece-me ficar só assim: à lareira, a ver as chamas consumirem a madeira devagar, com um livro nas mãos, a tentar imaginar dias parecidos com a história entusiástica que se conta por entre as suas páginas.
Ouço as conversas cruzadas entre as pessoas que partilham o mesmo espaço. Embora absorvida pela leitura e hipnotizada pelo calor que imana das cinzas, não deixo de me desconcentrar quando ouço palavras perdidas, sem me preocupar em lhes atribuir qualquer ordenação lógica para que o meu cérebro as possa absorver. Espanto-me e interrogo-me!
Porque teremos nós essa necessidade de ordenar as palavras segundo uma lógica consensual? E porque é que, às vezes, nos esquecemos que existe alguma lógica por detrás daquilo que parece ilógico? Essa busca continuada de sentido para tudo (para as coisas que nos acontecem, para as coisas que fazemos, para as coisas que os outros fazem, para as coisas que vemos acontecer) entontece, aos poucos, a nossa capacidade de raciocínio.

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