(Des)Encontro!

07:17

Os nossos olhos cruzaram-se numa alegria genuína, o nosso abraço impressionou positivamente o carinho mais puro, os nossos corpos juntos atraíram atenções alheias. Li no teu rosto a expressão feliz de me encontrares, ou seria apenas o reflexo da minha própria expressão? O entusiasmo inicial dá lugar às tentativas de juras que não resultam connosco!

Pedes-me aquilo que não te posso dar, insistes, persistes, teimas. Eu nego, recuso, teimo veemente. Tento resistir com todas as forças, numa guerra que se desenrola sem palco e sem vítimas, à excepção de nós os dois, que a provocámos. Sei que consigo ferir os teus sentimentos apenas com um olhar, mas sei que também me magoas quando não te ouço dizer as palavras que preciso de ouvir. Queres combater essa ansiedade que tens de mim, exigindo a minha presença constante e exclusiva e eu quero combater essa dependência afectiva que começo a sentir.

Sinto uma vontade que quase é uma necessidade primordial de te proteger do frio que entra pelas janelas onde contemplas as estrelas. As mesmas janelas das quais ponderas saltar para agarrar uma estrela e ofereceres-me o seu brilho e a sua plenitude, para que eu possa ser feliz.

Talvez eu já seja feliz contigo e tenha medo que essa felicidade (que já sinto) não passe de um sonho que se esfumará quando deixarmos que todas as barreiras sejam apenas adversidades que se conseguem ultrapassar quando há esforço de ambas as partes, quando se acredita que lutar por um sentimento já de si tão forte, além de nos deixar extasiados, engrandece o nosso sentido de vida, como se cumpríssemos um destino que nós próprios decidimos desafiar.

Sei que quando me tento libertar (e consigo!) dos teus braços, ficas confuso e com dúvidas. A sombra de tristeza que os teus olhos tentam esconder ferem-me o coração, mas eu não posso prometer que te vou dar aquilo que precisas sempre e quando tu precisas.

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