Assunto do e-mail: “Com o tempo…”

10:59

Neste domingo chuvoso, a vontade de sair de casa desfalece ao abrir a porta. Portanto, fica-se pelo sofá a ver TV ou em frente ao PC a ver e-mails. Hoje, dediquei-me à segunda opção e acabei de ler uma mensagem que vou partilhar com vocês.

“Com o tempo…
Você aprende que estar com alguém só porque esse alguém lhe oferece um bom futuro, significa que mais cedo ou mais tarde você irá querer voltar ao passado...”
A certeza de um bom futuro é sempre aleatória e imprevisível, portanto para quê comprometer o presente?

“Com o tempo…
Você se dará conta que casar só porque “está sozinho(a)”, é uma clara advertência de que o seu matrimónio será um fracasso...”
Alimentar uma união que não nasce de um sentimento, mas de uma necessidade de companhia, não é justo nem vale a pena, pois à partida está condenada ao insucesso.

“Com o tempo…
Você compreende que só quem é capaz de o/a amar com os seus defeitos, sem pretender mudá-lo/la, é que lhe pode dar toda a felicidade que deseja...”
Tentar moldar o outro à semelhança dos nossos ideais e aspirações não é correcto. Amar alguém não tem como premissa alterar a sua identidade.

“Com o tempo…
Você se dará conta de que se você está ao lado de uma pessoa só para não ficar sozinho(a), com certeza uma hora você vai desejar não voltar a vê-la...”
Não há pior solidão do que nos sentirmos sozinhos ao lado de uma pessoa.

“Com o tempo…
Você se dará conta de que os amigos verdadeiros valem mais do que qualquer montante de dinheiro...”
A importância dos nossos verdadeiros amigos reside, precisamente, no facto de não ser reconduzível a avaliações pecuniárias. Essa ausência de preço venal é que sustenta e conserva a essência.

“Com o tempo…
Você entende que os verdadeiros amigos se contam pelos dedos e que aquele que não luta para os ter, mais cedo ou mais tarde se verá rodeado unicamente de amizades falsas...”
As verdadeiras amizades preservam-se com dedicação, tempo e atenção. A distância espacial e/ou temporal não destrói o vínculo que se cultiva com sinceridade e afecto.

“Com o tempo…
Você aprende que as palavras ditas num momento de raiva podem continuar a magoar a quem você disse, durante toda a vida...”
As mesmas palavras que usamos para mostrar carinho, admiração ou estima, para elogiar ou agradar, podem ser usadas de uma forma letal, magoando o nosso interlocutor. Há palavras que nos marcam para toda a vida, mesmo que consigamos compreender que as circunstâncias em que foram proferidas não eram as normais.

“Com o tempo…
Você aprende que desculpar todos o fazem, mas perdoar, só as almas grandes o conseguem...”
Desculpar é sinónimo de perdoar com a razão, o difícil é perdoar com o coração!

“Com o tempo…
Você compreende que se você feriu muito um amigo, provavelmente a amizade jamais será a mesma...”
Todas as amizades se ressentem de uma falha grave de um dos intervenientes. Muita coisa pode passar, contudo persiste sempre a lembrança longínqua dessa mágoa.

“Com o tempo…
Você se dá conta de que cada experiência vivida com cada pessoa, é irrepetível...”
Nada se repete como aconteceu. Cada momento que se partilha com alguém é único – mesmo que, na maior parte do tempo, não tenhamos presente esta consciência.

“Com o tempo…
Você se dá conta de que aquele que humilha ou despreza um ser humano, mais cedo ou mais tarde sofrerá as mesmas humilhações e desprezos, só que multiplicados...”
Ninguém se pode arrogar do direito de excluir as pessoas da sua humanidade, reduzindo-as apenas aos seus fracassos, aos seus erros, às suas fraquezas. Todos merecem ser considerados com respeito e todos têm direito a não serem atingidos na sua dignidade.

“Com o tempo…
Você aprende a construir todos os seus caminhos hoje, porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para fazer planos...”
Os caminhos de hoje são os indícios de amanhã. Por isso, convém que os pequenos passos que damos hoje sejam de acordo com a nossa vontade e desejos.

“Com o tempo…
Você compreende que apressar as coisas ou forçá-las para que aconteçam, fará com que no final não sejam como você esperava...”
Nada acontece por acaso, logo se há algo que não acontece por alguma razão há-de ser (ainda que nós não percebamos de imediato essa razão). Quando forçamos situações, muito provavelmente terminarão por não nos satisfazer.

“Com o tempo…
Você se dará conta de que, na realidade, o melhor não era o futuro, mas sim o momento que estava vivendo naquele instante...”
Passamos o dia de hoje com olhos no de ontem e com a esperança no de amanhã. Deixamos escapar o presente por entre os dedos quando não conseguimos valorizá-lo e entendê-lo como um tempo ímpar.

“Com o tempo…
Você aprende que tentar perdoar ou pedir perdão, dizer que ama, dizer que sente falta, dizer que precisa, dizer que quer ser amigo junto de um caixão deixa de fazer sentido...”
Tudo deixa de fazer sentido quando se perde alguém sem que tenhamos tido tempo e coragem para confessar o que sentíamos.

“Por isso, recorde sempre estas palavras: “O homem torna-se velho muito rápido e sábio demasiado tarde” exactamente quando “já não há tempo!””
Envelhecemos com grande rapidez, mas não crescemos à mesma velocidade.

Resta-me desejar-vos uma boa semana e espero que aprendam rapidamente “com o passar do tempo”.

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