A corte da confusão

10:36

À luz do candeeiro solitário, enveredei pela rua estreita e íngreme para contemplar os palácios confusos…

E neles encontrei…

O tumulto das alegrias à procura de um destinatário,
A fusão das vontades cansadas e dos gestos entorpecidos,
A barafunda das ideias no encalço de alguma utilidade,
A agitação das mãos que perseguem as esperanças,
O caos das confissões tardias, inseguras e sem sentido,
A confusão de identidades perdidas em dias solarengos,
A anarquia dos desejos a fugir das sombras da concretização,
A desarrumação do pouco que restou dos afectos,
O enredo das memórias distorcidas nos hiatos do tempo,
A desordem das palavras em busca de uma coerência,
A paz interior perturbada por motins de ansiedade,
A mistura do que é sem nunca ter sido efectivamente.

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