Afastamentos

19:23

Há várias formas de distância, mas a pior é provavelmente aquela que se alimenta de um silêncio forçado e de uma indiferença fingida.

Não admito que a distância física legitime outro tipo de distância. Nunca o tempo ou o espaço me impediram de considerar inaceitável o argumento de que podem ser fatais a qualquer tipo de relação.

Obviamente que reconheço que a distância faz com que algumas coisas se percam como a convivência e o conhecimento de pequenas coisas de que se pode gabar a cumplicidade. Contudo, quando as ocasiões (presenciais ou virtuais) nascem de necessidades camufladas, de vontades partilhadas, sobra sempre espaço para a proximidade, para sentir o outro de perto.

Aliás, isso costumava ser assim connosco... Faltam muitas histórias para contar nos ocasos das tardes, faltam muitas gargalhadas para trocar madrugadas fora, faltam aquelas palavras directas ao coração nos dias aziagos, falta aquela presença incondicional e permanente.



Porém, talvez os espaços por onde fomos caminhando nos tenham levado a este tempo em que não nos revemos como referência recíproca.

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