Futuros vendados

04:31



Existe neles uma tensão em curto circuito e uma ânsia de que o dia de amanhã chegue rápido e com uma oportunidade. Deitam-se com os sonhos, mas acordam com a realidade. O chão é duro quando o pisamos descalços e frágeis. 

A falta de perspectivas gera-lhes um enorme cansaço. Há uma angústia proporcional às procuras improdutivas. Há histórias de esperança que lhes vendem gratuitamente. Sabem, então, que o livro já se fechou e ficam com uma única moral: desistir.

Têm saúde e vontade de recomeçar, mas parece que, de repente, deixaram de ter utilidade. O conhecimento e/ou experiência que adquiriram servem-lhes de pouco, ainda que se apregoe por aí, alto e bom som, a importância de os valorizar.

Existe um corropio de frustração e desespero nas suas cabeças desocupadas. Nas suas mãos, um desânimo que tentam esquecer para seguir em frente, sem se deixarem tombar no sono da inércia.

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