Palmilhar

10:23

Chego com os pés a queixarem-se das paredes apertadas em que os enfiei esta manhã. Solidárias, as pernas ressentem-se do calcetamento das ruas. Não senti o ar frio nem a indiferença das pessoas (coisa rara nos dias que correm).

Foi bom ouvir o trânsito mesmo ao lado e o fervilhar da impaciência no interior de cada um, enquanto eu seguia, sem pressa, pelo passeio estreito. Virei a esquina e procurei um café para o encontro.


(imagem retirada deste blog)

Disse-lhe "atravessa a estrada, apenas". Então, chegou e trouxe consigo: risos e boa disposição. Da conversa quase se podiam fazer poemas melancólicos, com os últimos versos dedicados ao optimismo.

Saímos, por fim, como se o tempo fosse todo nosso e não existisse mais do que uma urgência: lugares e pessoas com histórias para nos contar.

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