Alternativas forçadas

14:36

Às vezes, os meus olhos procuram outros ângulos que não sejam aquelas cabeças ocas e bamboleantes. Há neles uma impávida e serena incompreensão perante atitudes desacertadas e desconcertantes. À distância dos metros que nos separam, vejo-vos como pontos minúsculos por detrás desses músculos de gigante entorpecido e embrutecido.

Batem a porta, regresso ao tédio que já não estranho como da primeira vez... Ali, mesmo à mão, tenho a possibilidade de anexar os desabafos, evitando silenciar a indignação. Há nisso uma insensata sensação de poder. Perverso, talvez!


Se me apontam o caminho, não significa que não possa delineá-lo à escala do meu mundo. Se me aconselham a concordar, não esperem palavras submissas. Se me gritam, então, calo-me para que enlouqueçam na ressonância desses fonemas que não reconheço.

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