De cargo em cargo

14:14

Um dia, era mercador nas praças desertas
No outro, foi contabilista das emoções perdidas
Um dia, era guarda-livros dos caracteres censurados
No outro, foi jornalista de missão ao peito
Um dia, era varredor de ruas cheias de gente sem nome
No outro, foi maquinista nos carris dos afectos
Um dia, era alfaiate das esperanças cortadas à medida
No outro, foi navegador ancorado em porto atribulado
Hoje, é apenas o fantoche que se abana em frente do espelho baço.

You Might Also Like

0 apontamentos

Total de visualizações

Procurar no blogue