Imperativos

15:22

Aquele último jantar, com risos forçados entre as garfadas de uma refeição rápida, obrigou-me a ver o quão injusto foi colocar um ponto final necessário para tudo ter algum sentido para ambos.

Sei que te disse o que era duro de ouvir. Sem adequar o tom de voz, como se falasse naturalmente, rasguei a ferida aberta. Vi a dor estampada num rosto bonito. Olhei-a de frente, com a maior insensibilidade.

Há erros na vida que se pagam caros. Talvez possa ter cometido um erro. Talvez só num futuro distante é que venha a pagar a factura. Naquele momento, sei que arranquei de mim palavras que jurara impossíveis de proferir. Naquele momento, quis apagar o teu nome para sempre. Acho que consegui.

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