Obsessão (in)consciente

07:41


Penso em ti. Não consigo evitar! Sei que, racionalmente, não devia. Sei que não devia querer, mas continuo a desejar manter o rasto de ti bem presente no meu pensamento.

Imagino que, neste instante, te esforces por dominar o teu coração, resistindo à vontade de me ligar. Da minha parte, continuo à espera que tomes a iniciativa que se demora. Também já não sei se quero que o faças. Apenas gostaria de sentir que se tal acontecer é porque realmente nasce de uma vontade intrínseca sentida.

Já vivi demasiadas histórias, cuja característica em comum era a capacidade de se fazerem verosímeis. O tempo fez avançar-me nesses enredos e não precisei de passar aos últimos capítulos para perceber que não fazia sentido apostar numa continuidade quando o fim se esconde no voltar de cada página.

Tal como um bom livro, tens que comportar um mistério que se esconde a cada página e acende a vontade de o desvendar. E volto a pensar de ti, logo que me distraio com as filosofias que me venderam na feira dos adágios.

Será necessariamente inevitável ter que apagar os indícios de ti? Ouço o telemóvel e tenho quase a certeza que és tu, do outro lado. 

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