Final de tarde. Ao longe, o sino desperta a Natureza, irrompe pelas casas adentro, lembra a hora das Trindades. As mulheres da minha aldeia rezam ainda, quase sibilando. O sol esconde-se, vagaroso, até desaparecer atrás dos montes. As mulheres da minha aldeia têm olhos cansados, sorrisos esmorecidos, lenços pretos sobre os cabelos cor de cinza, mãos enrugadas e dedos esvaziados. Caminham amparadas por...
Na sua voz de menina sem idade, partilhou palavras que lhe sobraram das vivências. Sem tropeçar na memória, entoou a carta que nunca escreveu... Escutei-a, verdadeiramente encantada. Sim, eu gostava de ter vivido nesse tempo em que os afectos se desdobravam em caligrafias aprimoradas e o amor repelia a superficialidade para exigir tempo, sinceridade, entrega, criatividade, enlevo. No seu rosto serenado, descobri-lhe um sorriso a espreguiçar-se pela...